terça-feira, 6 de abril de 2010

Quando se sente um afeto muito grande por alguém que não é da sua familia, alguém que você simplesmente escolhe para amar, sem que seja preciso que um fato social imponha isso, você tem medo que qualquer vento mais forte leve essa pessoa, não que eu seja um medroso, pois fora isso e dormir sozinho na minha casa, não tenho medo de mais nada.
Ai você sente uma vontade quase infantil de agarrar a tal pessoa e ficar modelando, segurando, tendo certezas. As vezes, dizem, que aparece uma vontade de Alice de por a criatura no bolso e carrega-la minúscula e enorme para todos os lugares. Por medo e cuidado. Nesse época do ano, onde caem as chuvas de março, essa vontade aumenta, assim como os ventos, e até raios riscam o céu (ontem mesmo foram 15 em Fortaleza) e não há outra solução senão ceder ao consciente dos desejos, vontades e paixões íntimas do individuo (no caso eu - ou você).
Outro aspecto que me chama atenção é um esquecimento que acontece, esquece-se palavras, silabas, frases, livros inteiros de uma hora pra outra, há um interregno romantico entre antes e depois da pessoa (querida) aparecer, se incluir e acabar transformada no seu poster, na parede do seu quarto ainda e para sempre adolescente. E adulto.

5 comentários:

  1. o medo que temos de perder a pessoa amada nunca deve ser maior que o medo de perdermos a nós mesmos por causa das pessoas amadas. "o medo de amar (a si mesmo) é o medo de ser livre"

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  2. Tua casa é bem acolhedora, as "paredes" tem até a mesma cor que a minha... e isso não concluí agora, até porque, venho sempre olhar a tua casa d longe.

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