quarta-feira, 21 de outubro de 2009


Enterrar as mãos nos teus cabelos de areia.
E assim me molhar no mais que há em mim.
Que desconheço.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Poema náufrago para um menino que tem gotas de ouro nas costas.


E se eu fosse mais velho e cuidadoso eu beijaria as gotas de ouro nas costas dele

e o levaria valioso ou valiosíssimo para compor a minha embarcação com o que há de mais querido.

E num sono de três noites lustrar o magro daquelas coxas na pornografia que sempre me faltou.


Mergulhar, ainda nas coxas

e boca

e águas

e nos cabelos que faziam cachos quando jovem.

A composição de azul e amarelo e se eu fosse como o outro mais sabido eu calculava sentido em vez de cor

ou língua que é prancha suicida.

E se eu o vasculho no futuro é de tanto eu naufragar que ja passamos.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ma Vie ou Poema que não chegou a ser.


Não eu nunca nasci pra samba.
Eu tenho o coraçao fracoe aos domingos eu nao faço turnê, eu descanso.

Que nem aquele passarinho azul que ontem mesmo eu vi em ti.

No teu ombro supermagro, na tua blusa repetida que eu ja planejava adorar pra sempre.

Me desenhando com pinceis de outras épocas enquanto eu perdia a pose e sorria feliz.
Como as meninas que sambam com rosas nos cabelos.

Perdido nos abismos das cavas dos seus olhos que sao mais fundos naquele bar a meia noite.

Eu sou obediente e vou embora.
Eu sou valente.

E as meninas ficam a dançar.
E apodrecem as rosas nos cabelos.